José Carlos Quinaglia e Silva
Que sentido dar se o amor a morte quer calar?
Que dizer da saudade que avassala, toma corpo e alma?
E do nó na garganta que para sempre se instaura?
Se não fosse o amor um poder que ressoa, não julga e perdoa,
Deixaria só pedra que gela e terra que chora.
Mas amor é vigor, uma força maior, que propala um elétron e alumia um quasar.
Quem se deixa tomar não se cala ou avassala.
O amor que se instaura ilumina e propala.
E se forma e transforma.
Pois amar é deixar sem tampouco ficar.
Se Zezito se foi, fomos juntos também. Mas Zezito ficou e em nós se mantém.
José Carlos Quinaglia foi médico, filho, irmão, marido, pai e avô muito dedicado a tudo o que fez e a todos com quem conviveu. Deixou um pouco de si em todas as pessoas com que se relacionou.
Orquestrou trabalho e família. Cuidou de corpos e almas, sempre com afeto.
Idealista, atuou incansavelmente como cardiologista, gestor de saúde, professor e pesquisador. Na pandemia, seu ápice de entrega ao outro, colocou sua vida a serviço de pessoas em situação de sofrimento. Foi um herói de jaleco branco.
Na vida, seu maior feito foi ter construído nossa família. Foi porto seguro, esteio, bálsamo. Foi o nosso herói sem capa, com dizeres e fazeres exemplares. “Se a palavra convence, o exemplo arrasta”, repetia sempre.
Zezito também reiterava que o amor pela nossa família transcende este plano de existência. Essa é a melodia que atualmente nos embala e permite que continuemos a tocar as nossas vidas.
As saudades são eternas, mas temos a certeza de que o amor permanece. Sentimos diariamente sua presença, seu amor. Zezito continua a reger nossos corações.
Homenagem de Odimary Araújo Costa Reis Silva, Thiago Quinaglia Araújo Costa Silva, Caroline Quinaglia Araújo Costa Silva Brandi, Érica Quinaglia Silva e Ícaro Quinaglia Miranda de Souza, sua esposa e seus filhos.
José Carlos Quinaglia e Silva nasceu em São José do Rio Preto (SP) em 17/04/1952 e faleceu em Brasília (DF) em 17/06/2021, vítima do novo coronavírus.
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