Josefa Maria Silva Mendes
Josefa Maria Silva Mendes, a Zefinha, foi uma pequena mulher gigante. Tinha menos de 1,50m — e ainda assim abraçava o mundo inteiro.
Nasceu em uma família com muitos filhos, mas logo cedo teve que aprender a lidar com as dificuldades sozinha. Por isso, acabou virando uma fortaleza para si e para os outros: os muitos irmãos, o marido, as três filhas, os seis netos e tantos outros que cruzaram o seu caminho. Era força, amor e cuidado sem fim.
Gostava de coisas simples: cafezinhos ao longo do dia, palavras cruzadas, revistas, picolé de castanha. Ainda assim, tinha uma sabedoria que parecia vir de outras vidas, um olhar curioso sobre o mundo, olhinhos pequenos, apertados e atentos.
Tinha mãos pequenas e macias, a pele mais cheirosa de todas e braços sempre abertos.
Com um charme próprio, conquistava todos ao seu redor. E assim criou uma família completamente apaixonada por ela — especialmente os netos, para quem sempre reservava doses extras de amor e atenção.
Mulher de fé inabalável, parecia ter uma conexão direta com Deus: rogava com humildade pelos seus e estava sempre atenta para agradecer as graças concedidas.
Mas também acreditava na ciência. Aguardava com ansiedade e esperança a vacina contra a covid-19 quando foi acometida pela doença, aos 71 anos, no fim de março de 2021, um dos meses mais letais da pandemia.
Partiu muito rapidamente, muito cedo, deixando um buraco no coração da família — mas um amor profundo, eterno, que jamais se apagará.
Homenagem de Ana Beatriz Caldas, sua neta, que desde o início a amou mais que tudo – e amará para sempre.
Josefa Maria Silva Mendes nasceu em São Bernardo (MA) em 01/11/1949 e faleceu em Parnaíba (PI) em 09/04/2021, vítima do novo coronavírus.
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